Artes tradicionais japonesas para aprender no Museu do Oriente

Nos dias 7 e 8 de Junho, o Museu do Oriente organiza um workshop dedicado à arte japonesa do arranjo floral, ou Ikebana (7 Junho), e a uma das mais antigas expressões artísticas nipónicas, a Caligrafia (8 Junho).

Na sessão de dia 7, os participantes vão poder aprender o estilo Nageire, um dos mais populares da tradição do Ikebana. Para tal, apenas precisam de uma jarra ao alto e flores. O desafio é colocar as flores e outros elementos no sítio certo dentro da jarra, num posicionamento que permanece invisível a quem observa.

Também conhecido como o “caminho das flores”, na sua origem o Ikebana era uma espécie de ritual de oferenda feito nos templos budistas do Japão durante o século VI. Em contraste com os arranjos florais nos países ocidentais, o arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção entre linhas, ritmo e cor. A simplicidade é altamente valorizada, bem como a existência do vazio (espaço não preenchido). A par da sua enorme popularidade no Japão, a arte do Ikebana tem vindo a conquistar adeptos um pouco por todo o mundo. Acessível a praticantes de todas as idades, conta já com várias escolas a que correspondem diferentes estilos. Neste workshop os participantes vão descobrir os segredos desta arte floral que, a partir de elementos naturais como flores, ramos e plantas, cria uma harmonia de formas e linhas no espaço.

No dia seguinte, o workshop de Caligrafia Japonesa partilha alguns princípios básicos de uma das mais antigas artes tradicionais do Japão.  A escrita dos ideogramas foi introduzida no Japão no século V, vinda da China, e desde logo, o gosto e admiração por esta requintada escrita como uma forma de arte foram cultivados, na senda da influência chinesa. Ainda hoje faz parte das disciplinas ensinadas no Japão desde o 1.º ano de escolaridade, com os primeiros passos da aprendizagem a consistirem sempre em copiar os modelos das escritas clássicas, de grande beleza.

Ambos os workshops são orientados por Yuko Kase, docente do curso de Língua Japonesa na Universidade Católica, FCH – Instituto de Estudos Orientais, onde ensina língua e cultura japonesas.