Centro de Arte Contemporânea de Coimbra integra Rede Portuguesa de Arte Contemporânea
O Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC), equipamento municipal tutelado pela Divisão de Museologia da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, passou a integrar a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea. Segundo o anúncio da Direção-Geral das Artes (DGArtes), da passada sexta-feira, 17 de Fevereiro, o CACC foi um dos 66 equipamentos a integrar esta importante rede que dinamiza espaços de fruição e de criação artística no âmbito da arte contemporânea por todo o país. Em Coimbra, integram também a RPAC o Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, o Centro de Artes Visuais (CAV) e o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC).
Através de um despacho do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, datado de 15 de Fevereiro, e divulgado na sexta-feira, dia 17 de Fevereiro, pela DGArtes, o Centro de Arte Contemporânea de Coimbra passa a integrar a RPAC. Para a inclusão do CACC na RPAC foi considerado como determinante o facto de ter na sua missão a promoção de actividades de valorização e de dinamização da arte contemporânea, de assegurar um acesso público regular, de promover actividades de mediação de públicos e uma programação cultural própria, de dispor das condições técnicas necessárias à produção de exposições e de salvaguarda de património, próprio ou em depósito, assim como deter um espaço adequado à sua respectiva tipologia, dimensão, capacidade técnica e estratégia programática, cumprindo os critérios de segurança, acolhimento e acessibilidade exigidos. Acresce ainda o facto de garantir que a sua actividade principal não ser de natureza lucrativa.
A adesão do CACC a esta importante Rede reveste-se, para o Município de Coimbra e para a cidade, da maior importância e de força motivadora, pois a CM de Coimbra pretende assumir o campo da arte contemporânea como uma das áreas-âncora da sua estratégia de intervenção no território, envolvendo os agentes, públicos e independentes, que enformam este ecossistema a nível local e potenciando e promovendo os seus projectos e dinâmicas. Importa recordar ainda que a autarquia teve já oportunidade de apresentar, na presença do ministro da Cultura, a proposta para a instalação de uma nova infraestrutura, de grande dimensão e simbolismo, que vai assentar na reabilitação e na reinterpretação de toda a área norte do conjunto do Mosteiro de Santa Cruz, edifícios dos séculos XVII e XVIII, para acolhimento do novo CACC.
O CACC está, provisoriamente, instalado no Largo do Arco de Almedina, nas antigas instalações do Banco Pinto & Souto Mayor, e a sua criação resultou de um protocolo celebrado em 2020 entre o Município de Coimbra a Direcção Geral do Património Cultural, para a cedência temporária de obras da Colecção de Arte Contemporânea do Estado, mais precisamente da colecção do ex-BPN, e a vinda para Coimbra, por 25 anos, de 193 obras de autores modernos e contemporâneos, portugueses e estrangeiros, na sua maioria com forte expressão nacional e internacional. Entretanto, nas instalações temporárias do Largo do Arco de Almedina, o Município tem desenvolvido uma programação regular, foram criados projectos expositivos, debates, workshops de mediação e outras actividades, fomentando-se leituras plurais sobre as diferentes manifestações artísticas contemporâneas e convidando todos à reflexão sobre as várias formas de ver e de pensar.
Entre as 58 entidades que dinamizam os 66 espaços de fruição e de criação artística que integram a RPAC, destaque ainda para outros importantes e icónicos espaços do concelho de Coimbra: o Colégio das Artes da Universidade de Coimbra, o CAV e o CAPC, que têm contribuído para desenvolver o campo da arte contemporânea em Coimbra, de modo a inscrevê-la efectivamente na narrativa identitária deste território, a criar uma rede colaborativa de ligações e de parcerias que permita alavancar este universo e a dotá-la de instrumentos de difusão e de promoção eficazes em escalas mais ambiciosas.
Rede Portuguesa de Arte Contemporânea
Com o intuito de “valorizar e ampliar o acesso e a divulgação da Arte Contemporânea produzida em território nacional, promover o trabalho em rede, contribuir para aumentar as práticas de descentralização estabelecendo sinergias entre espaços expositivos, coleccionadores, programadores, curadores e artistas visuais” foi criada a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea.
Será divulgado, previsivelmente em Abril, o teor do aviso do Concurso de Apoio à RPAC com as linhas de apoio destinadas a projectos de coorganização e de circulação de exposições, de mediação e de formação, com o valor de 2 milhões de euros.