Sete dos 13 trilhos da Rede de Percursos Pedestres do Município de Esposende estão agora homologados e figuram na base de dados do Registo Nacional de Percursos Pedestres (RNPP). O processo de classificação dos restantes percursos está em curso, sendo objectivo do município a disponibilização de uma rede de opções alargada, dentro da oferta de mobilidade suave que caracteriza o concelho de Esposende.
O registo dos trilhos de Pequena Rota, na Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal (FCMP), permitirá a sua divulgação em diversas agências de promoção e turismo, com o alavancar deste produto para o desenvolvimento da economia local. As cartas de homologação emitidas pela FCMP são “Certificados de Qualidade”, cuja atribuição obedece a exigências relativas ao traçado, marcação e manutenção dos percursos pedestres, nomeadamente no que diz respeito à segurança dos praticantes e à preservação do ambiente.
Assim, foram recentemente homologados os percursos “PR3-EPS Trilho das Cangostas”, “PR4-EPS Trilho das Azenhas de Antas”, “PR5 EPS Pela Arriba Fóssil- da Senhora da Guia ao Monte Faro” e “PR6-Castro de S. Lourenço”, num total de mais de 46 quilómetros que podem ser percorridos sem qualquer auxiliar, recorrendo-se apenas às tradicionais marcas para orientação: “vira à esquerda”, “virar à direita”, “seguir em frente” e “Caminho errado”, com as cores amarela e vermelha, facilmente identificáveis. Contam estes percursos com painéis no início e no fim, onde consta um mapa do trajecto e outras informações pertinentes, tais como sugestão dos locais a visitar, regras de conduta e contactos importantes para serem usados em caso de emergência.
Os trilhos são executados apenas em caminhos públicos, em terra batida, estradas e caminhos florestais, mas também obrigam a percorrer e explorar grandes afloramentos, revisitando os mais importantes miradouros, localizados nas cumeeiras dos montes, convidando a conhecer as belas paisagens. Picotinho, miradouros da Senhora da Guia, em Belinho, Senhora da Paz, nas Marinhas e o Monte Faro, em Palmeira, assim como o de S. Lourenço, em Vila Chã são locais de visita obrigatória e que, em breve, serão alvo de melhoramentos, com a colocação de placas de interpretação da paisagem.
Com um inegável aumento na busca e frequência deste tipo de recurso, o Município de Esposende tem vindo a dedicar mais meios para a manutenção e exequibilidade dos percursos. Da mesma forma garante que os trilhos estejam preparados com as marcas e demais sinalética para que possam ser percorridos autonomamente, sem qualquer apoio eletrónico, guia ou mapas e, devidamente limpos, monitorizados três vezes ao ano e com o apoio das Juntas de Freguesia e da Esposende Ambiente, para a remoção de quaisquer resíduos que possam ser clandestinamente deixados.
Esta oferta permite o desfrute das paisagens pelos pedestrianistas e o contacto com a natureza, possibilitando um melhor conhecimento sobre o património natural e histórico que são identidades do município. Por isso, abrangem áreas incontestáveis de encanto, tais como as margens do rio Neiva, a granítica Arriba Fóssil e a grande mancha florestal e de bosques, integrada em diversas freguesias por onde seguem os trilhos. Para além destas valências, há os dólmens, menires, castros, moinhos, azenhas e cangostas, que são testemunhos silenciosos de um passado, antigo ou recente, marcas da presença do homem ao longo da História.
Paralelamente, encontra-se a ser desenhado um trilho de Grande Rota (GR), que irá atravessar todo o concelho de Esposende, de sul a norte, e que permitirá a passagem e pernoita de pedestrianistas, contribuindo para um aumento do turismo e economia local, assim como conhecimento do património local.
No concelho de Esposende já encontramos outros grandes percursos, como o “Caminho Português da Costa” para Santiago de Compostela e o “Caminho para S. Bento da Porta Aberta” que se inicia em Fão, junto ao Bom Jesus e segue por Barcelos, Braga, Amares, Vila Verde e Terras de Bouro, num total de 70 quilómetros.