Galeria Municipal de Proença-a-Nova recebe exposição de vitral e cerâmica
“Se as obras gerarem diálogo, já valeu a pena”. É assim que António Dias Ribeiro, artista com origem proencense, caracteriza as suas obras artísticas expostas na Galeria Municipal, onde irão ficar até dia 10 de janeiro de 2023. Nesta mostra, denominada “O Murmúrio Urbano, o Grito do Campo”, podem ver-se trabalhos de vitral, cerâmica e escultura, representando diversos locais e países, numa viagem que nos guia num paralelismo entre o mundo urbano e rural.
“É importante reconhecer o trabalho aqui exposto do António Dias Ribeiro, ele que tem já reservado outros projetos futuros, dos quais o concelho irá orgulhar-se de ver integrado no nosso roteiro das artes”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, João Lobo, deixando antever novas colaborações para o ano de 2023, considerado já o Ano Municipal das Artes. “Estas obras oferecem também atratividade ao território, é essa a beleza da arte. É obrigação da Câmara Municipal apoiar este tipo de projetos e um orgulho poder contar com esta exposição aqui no concelho”, frisou o autarca no momento da inauguração.
António Dias Ribeiro agradeceu o apoio dos amigos que fizeram questão de marcar presença na celebração, sublinhando “o envolvimento e entusiasmo de todos, incluindo especialmente a Câmara Municipal”. O artista conclui ainda que “se o espaço precisa de nós (artistas), nós precisamos do espaço também”, abordando esta necessidade de relação estreita entre artistas e autarquias como elemento essencial à difusão das artes no país. A última exposição de António Dias Ribeiro em Proença-a-Nova datava do ano de 2012, marcando assim o regresso ao trabalho no seu concelho de origem.
Nesta exposição podem ver-se trabalhos que pretendem abordar realidades de diferentes países e sociedades um pouco por todo o mundo, influenciado, no caso do vidro arquitetónico, pelas suas raízes e ligação à Beira Baixa. Também neste sentido, podem ver-se alguns trabalhos relacionados com o fogo ou o contraste verde dos campos. Segundo o próprio autor, “há uma história, um acontecimento, uma situação, por detrás de cada trabalho”.
António Dias Ribeiro nasceu em Proença-a-Nova, no Chão do Galego, de onde saiu ainda jovem. Atualmente reside e trabalha em Londres, desenvolvendo projetos e parcerias académicas associadas ao vitral, vidro formado a quente, mosaico e barro. Exibe regularmente trabalhos em galerias, museus e espaços públicos numa área abrangente de países Europeus, Médio Oriente e América.