ΛƬSUMOЯI (Atsumori) de Catarina Miranda

ΛƬSUMOЯI (Atsumori) de Catarina Miranda
Foto: DR

ΛƬSUMOЯI (Atsumori)

 

Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra, no âmbito do Festival Abril Dança Coimbra

 

Catarina Miranda cruza técnicas ancestrais e linguagens futuristas no espectáculo ΛƬSUMOЯI

 

O espectáculo de dança ΛƬSUMOЯI parte da peça de teatro japonesa noh escrita do século XV e é atravessados por fantasmas, espectros, memórias, passado, presente e também por novas possibilidades e linguagens futuristas.

 

Em ΛƬSUMOЯI, Catarina Miranda parte da peça de teatro japonesa noh ΛƬSUMOЯI, escrita por Zeami Motokiyo no século XV, para criar um espectáculo ancorado no movimento, na luz e no som, onde se cruzam espectros e memórias, passado e presente, técnicas ancestrais e linguagens futuristas. ΛƬSUMOЯI é um jovem samurai que morre em combate e cujo espírito regressa ao campo de batalha, onde acaba por encontrar apaziguamento em vez de vingança.

 

Depois de ter passado uma temporada a estudar a tradição gestual e musical do teatro noh, no Centro de Arte de Quioto, no Japão, Catarina Miranda pegou nesta história para desenvolver a sua própria narrativa em torno de uma dança fantasmagórica apotropaica, abordando as relações com o mal, o desconhecido, o invisível. O quinteto de bailarinos recorre a palmas, apitos, faíscas, sussurros e chamamentos vocais, enquanto explora o território - ora em solos, ora em grupos - através de uma coreografia intersticial e pontilhista, mas ao mesmo tempo fluida, num jogo de espectros e sombras, metamorfoses e ritmos. Há ecos e vestígios do gestuário de danças ancestrais e danças sociais contemporâneas, aqui torcidas e reconfiguradas, como se os corpos e o tempo fossem desdobráveis, desmembráveis, transitáveis. Atravessados por fantasmas, mas também por novas possibilidades, relações e dinâmicas sociais mais conciliadoras.

 

Dando continuidade ao ambicioso trabalho de luz das suas criações anteriores, Catarina Miranda constrói, com Letícia Sckrycky e Joana Mário, um espaço cénico vivo, com um piso e um tecto luminosos, amplificados pela composição sonora original de Lechuga Zaphiro. A cenografia desempenha um papel activo neste jogo de espectros, revelando os corpos que se dissolvem, que se transformam, que procuram emergir e coexistir.

 

O espectáculo ΛƬSUMOЯI é co-apresentado pelo Festival Abril Dança Coimbra, Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra) e DDD – Festival Dias da Dança (Porto).

 

Apresentações

17 - 18 Mai | 20h00

Centre Pompidou, Paris/FR

 

31 Mai | 19h30

One Dance Festival, Plovdiv/BG

Boris Hristov House of Culture

 

8 Jun | 21h30

Teatro Aveirense, Aveiro/PT

 

10 - 11 Jan '25 | 20h00

São Luiz Teatro Municipal, Lisboa/PT

 

Catarina Miranda, coreógrafa, tem vindo a desenvolver e a apresentar projectos de criação maioritariamente para palco, a partir de discursos ficcionais, cujas linguagens interceptam dança, voz, cenografia e luz, abordando o corpo como um veículo de transformação hipnagógica e de consciência do presente. Do seu percurso destaca as peças Cabraqimera, Dream is the Dreamer, Boca Muralha, Mazezam e Reiposto Reimorto, apresentadas entre o Centre Pompidou/Paris, Palais de Tokyo/ Paris, Fundação Calouste Gulbenkian/Lisboa, Fundação de Serralves/ Porto, Teatro M.Rivoli/ Porto, DanceBox/ Kobe Japão e nos Festivais Dias da Dança, Materiais Diversos, Pays de Danses/ Liège Bélgica, Short Theatre/ Roma, Africologne/ Colónia , Mindelact/ Mindelo, Cabo Verde. Apresentou a exposição POROMECHANICS no Centre Georges Pompidou/Paris, nos Maus Hábitos/90o aniversário Teatro Rivoli (Porto/PT) no Festival Walk&Talk (Açores/PT) e no Teatro São Luiz (Lisboa/Pt); bem como, as instalações visuais DIAGONAL ANIMAL/2019 no Festival Fabrik (Fall River/ EUA); e MOUNTAIN MOUTH /2014 no Dance Box e no Maizuru RB (Kobe/ Maizuru/ JP). Concluiu o mestrado EXERCE no ICI-CCN (Montpellier/Fr) e a licenciatura em Artes Visuais pela Faculdade de Belas Artes do Porto; estudou Teatro NOH, no Kyoto Art Center, Japão. Actualmente frequenta a Pós-Graduação em Media&Performance na ESTC Lisboa/PT.

 

Direcção Artística, Coreografia, Figurinos — Catarina Miranda

Co-criação coreográfica, Interpretação — Cacá Otto Reuss, Joãozinho da Costa, Lewis Seivwright, Maria Antunes, Mélanie Ferreira

Desenho de Luz — Joana Mário, Leticia Skrycky

Composição Sonora — Lechuga Zafiro

Concepção Cenográfica — Catarina Miranda, Joana Mário, João Brojo, João Ferreira, Leticia Skrycky

Desenho de Som - José Arantes

Apoio à pesquisa dramatúrgica— Carlos Azeredo Mesquita, Ece Canli, Fernando Oliveira, Jonathan Saldanha

Produção executiva — João Brojo

Produção — Diagonal Animal /PT

Produção e Difusão — Materiais Diversos /PT

 

Co-produção — Centre Pompidou/ Spectacles Vivant (Paris/FR), Charleroi Danse - Centre chorégraphique de Wallonie-Bruxelles (Bruxelas/BE), Diagonal Animal Associação Cultural (Portugal), One Dance Week Festival (Plovdiv/BG), Teatro Aveirense (Aveiro/PT), Teatro Municipal do Porto (Porto/PT), São Luiz Teatro Municipal (Lisboa/PT), OOPSA (Porto/PT).

 

Apoio às residências — CRL - Central Eléctrica (Porto/PT), Centre Chorégraphique National de Caen en Normandie (Caen/FR), Centro Cultural da Malaposta/Minutos Redondos/Câmara Municipal de Odivelas (Odivelas/PT), Montpellier Danse/Agora (Montpellier/ FR), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo/ PT), Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra/PT), Teatro Viriato (Viseu/PT), Teatro Municipal do Porto (Porto/ PT).

 

Apoio — Shuttle (PT)

 

Bilhetes disponíveis na bilheteira on-line AQUI.

€7 — €5 < 25 anos, estudante, comunidade uc, rede alumni uc, > 65 anos, grupo ≥ 10, desempregado, profissional da cultura, parceria TAGV