O Renascer das “Mondadeiras” de Casa Branca
Um grupo que renasceu das cinzas, para trabalhar mais uma vez o que foi deixado pelos seus antepassados e que desde 2001 permanece a fazer um trabalho de excelência a representar Sousel em Portalegre.
O Rancho Folclórico “As Mondadeiras” de Casa Branca nasceu por iniciativa da boa vontade e empenho de um grupo de pessoas que se juntaram com o objectivo comum de preservar e divulgar as tradições culturais dos antepassados do concelho de Casa Branca.
O grupo começou com cerca de 35 elementos, que desde o primeiro momento, 13 Agosto de 2001, têm ensaiado com grande entusiasmo e força de vontade para o devido agra- do e satisfação da população em geral, saudosa do já anterior extinto Rancho Folclórico.
O Rancho Folclórico “As Mondadeiras” apresentou-se ao público no dia 9 de junho de 2002, na terra que viu “renascer”.
“O principal objectivo deste grupo de folclore é representar a sua terra de origem, as suas gentes, com dignidade e respeito pelas tradições e valores”, assim se caracteriza o Grupo de Casa Branca.
No que respeita a trajes, são simples, rudes e modestos, que caracterizam o seu povo: Masculino- Pastor, Ajuda, Ganhão, Tirador de Cortiça, Carvoeiros, Chaveiro, Abegão, Feitor, Forneiro, Manageiro, Varejador, Lavrador, Infantil e Domingueiros; Feminino: Mondadeiras, Ceifeira, Azeitoneiras, Amassadeira, Traje da Aldeia, Infantil e Domingueiros.
No âmbito das danças e cantares existem as saias, as Chotiças, mazurcas e as desgarradas, que sendo características de um povo alentejano, muito ficam a dever à particularidade que por anedota lhes é atribuída.
O “Renascer” de uma tradição com mais de 50 anos
As “Mondadeiras” têm muito a aprender, para tal, reconstruiram trajes, cantigas, danças tradicionais da terra de origem e essencialmente de tudo o que ainda persiste na memória dos mais idosos.
De momento é um grupo etnográfico composto por 44 elementos que abrange vários escalões e faixas etárias. Após uma extinção entre a décadas de 50/60, apresentou-se pela primeira vez em 2002, na terra que os viu (re)nascer.
Um grupo de tradição e costumes pronto para o animar em festas e romarias, que não deixa margem de dúvidas de que força de recomeçar não falta.
Texto: Carolina Brilhante