Portugal terceiro no Eurosurf Junior com prata de Matias Canhoto e bronze de Gabriela Dinis
Portugal alcançou mais um resultado de relevo no panorama do surf internacional ao alcançar o terceiro lugar no Eurosurf Junior, prova da European Surfing Federation (ESF), atrás de França e Espanha, a nova campeã europeia de juniores, feito inédito para o surf do país vizinho depois de uma semana de competição em Santa Cruz, numa prova inserida no festival Ocean Spirit.
A Selecção Nacional, orientada por David Raimundo, chegou ao derradeiro dia de competição com quatro surfistas nas finais principais, mais dois nas finais de repescagem, baterias que davam aos seus dois primeiros classificados acesso às finais das medalhas.
Frederico Carrilho (longboard sub-18), Martim Nunes (sub-18), Gabriela Dinis (sub-18 fem) e Matias Canhoto (sub-16) eram os finalistas, enquanto Francisco Ordonhas (sub-18) e Jaime Veselko (sub-16) tentavam a sorte nas repescagens.
No final do dia, Portugal arrecadou uma prata através de Matias Canhoto, bronze por Gabriela Dinis e dois quartos lugares para Frederico Carrilho e Martim Nunes. Francisco Ordonhas e Jaime Veselko ficaram pelas finais das repescagens, alcançando honrosos quintos lugares e, mais importante, contribuindo com pontos para o pódio nacional.
Resultados que blindaram a Selecção Nacional contra o ataque da Inglaterra, a equipa revelação deste campeonato que conseguiu um histórico quarto lugar, muito graças aos três ouros e uma prata, através, respectivamente, de Alys Barton (sub-18 fem), Lukas Skinner (sub-16), Arthur Randell (longboard sub-18) e Lola Bleakley (longboard sub-18 fem).
Itália, que parecia, desde o início do campeonato, um dos candidatos a um lugar no pódio, foi relegada para quinto lugar, muito graças ao brilharete inglês.
David Raimundo, Seleccionador Nacional, comentou assim o terceiro lugar de Portugal: “Como já tinha dito no arranque do campeonato, os favoritos eram Espanha e França e foram equipas que fizeram por merecer este resultado. Estivemos durante todo o campeonato ombro a ombro com estas selecções, tivemos momentos brilhantes de surf e chegámos ao último dia com hipóteses de sermos campeões da Europa. Contudo, continuamos a falhar nos momentos de decisão e ficámos aquém das nossas expectativas. O terceiro lugar acaba por ser aceitável, mas no futuro temos que ser mais consistentes. Por isso, os parabéns à Espanha campeã. Fica também a ideia de que o surf europeu não é mais apenas Portugal, Espanha e França. Vimos outras bandeiras ganhar preponderância e isso é bom para todos nós.”