Quais são as principais diferenças entre a proteína whey e a proteína vegetal?

Quais são as principais diferenças entre a proteína whey e a proteína vegetal?
Fotografia: (LyfeFuel/Unsplash)

As proteínas constituem alguns dos macronutrientes mais essenciais ao bom funcionamento do organismo. São responsáveis pelo crescimento e pela reparação musculares, pela função imunitária e pela produção de enzimas.

A proteína whey e a proteína vegetal são dois dos mais populares suplementos proteicos disponíveis no mercado. Enquanto a proteína whey é derivada do leite, a proteína vegetal tem origem em flora.

Ao longo deste artigo, vamos procurar descortinar quais as principais diferenças entre estes dois tipos de proteína.

Proteína whey

Trata-se de um derivado da produção de laticínios, mais concretamente do queijo. É uma proteína completa, o que significa que contém todos os aminoácidos essenciais à manutenção do bem-estar do nosso corpo, sendo também de rápidas digestão e absorção, o que faz com que seja o suplemento ideal para uma recuperação pós-treino. É igualmente rica em leucina, outro aminoácido que desempenha um papel vital na síntese de proteínas musculares.

Tipos de proteína whey

Os principais a ter em conta são estes três: concentrado, isolado e hidrolisado de proteína whey. Vejamos os detalhes de cada um:

Concentrado de proteína whey

É o género mais comum de suplemento de proteína whey, contendo cerca de 70% a 80% de proteína em peso, sendo a percentagem remanescente constituída por carboidratos e gorduras.

Isolado de proteína whey

Esta ordem de proteína whey é ainda mais processada do que a anterior, para remover praticamente todos os carboidratos e gorduras; contém 90% de proteína em peso, o que faz com que, obviamente, seja uma forma proteica ainda mais concentrada.

Hidrolisado de proteína whey

É o formato mais processado de proteína whey, parcialmente repartido por aminoácidos; a sua absorção pelo organismo é a mais rápida de todas as outras composições de proteína whey.

Proteína vegetal

Derivado de produtos de origem vegetal como soja, ervilhas, arroz ou cânhamo, este formato de proteína é incompleto, o que significa que faltam à sua composição um ou mais aminoácidos necessários ao bom funcionamento do organismo. Contudo, existe sempre a possibilidade de se combinar proteína vegetal com outras fontes de proteína da mesma origem para criar um composto proteico mais integral.

Tipos de proteína vegetal

Proteína de soja

Este é o género de suplemento proteico de origem vegetal mais comum; constitui uma proteína completa e é uma ótima fonte de arginina, um aminoácido promotor da boa circulação sanguínea e do crescimento muscular.

Proteína de ervilha

Trata-se de mais um suplemento proteico de origem vegetal bastante afluído. A proteína de ervilha é rica em aminoácidos ramificados, essenciais ao crescimento e à reparação musculares.

Proteína de arroz

É uma fonte de proteína de origem vegetal hipoalergénica rica em cisteína, um aminoácido que fomenta a produção de antioxidantes pelo organismo.

Proteína de cânhamo

Tal como o nome indica, é um derivado das sementes de cânhamo, constituindo uma ótima fonte de fibra e ácidos gordos ricos em ómega-3, o que faz com que seja o suplemento ideal para manter um coração saudável.

Quais são então as diferenças?

Digestão

Uma das principais disparidades entre as proteínas whey e vegetal está na sua digestibilidade.

A primeira é de digestão rápida e fácil absorção pelo organismo – daí que seja a mais indicada como suplemento destinado à recuperação pós-treino.

A segunda, por outro lado, é digerida mais lentamente; o organismo precisa de dedicar mais tempo às suas dissolução e absorção, o que significa que não é tão eficaz na recuperação pós-treino. Em todo o caso, a proteína vegetal é uma boa opção para quem procura aumentar o seu consumo proteico.

Composição de Aminoácidos

Enquanto a proteína whey é completa e, por isso, reúne todos os aminoácidos essenciais ao bom funcionamento do organismo, a proteína vegetal é o oposto, faltando à sua composição um ou mais aminoácidos capitais. Ainda assim, tal como referido acima, é perfeitamente possível combinar múltiplas fontes proteicas de origem vegetal para uma composição mais completa.

Alergias

A proteína whey é um derivado do leite, o que significa que é contraindicada para intolerantes à lactose ou quaisquer outros alérgicos a este produto de origem animal. A única alternativa possível nestes casos é a proteína vegetal.

Sustentabilidade

As fontes de proteína de origem vegetal são geralmente consideradas mais sustentáveis do que as de origem animal, como é o caso da proteína whey. As primeiras não necessitam de tantos recursos no que à sua produção diz respeito, o que permite que deixem uma pegada ecológica inferior do que as últimas. Além disso, o processo de produção baseado em fontes de proteína de origem vegetal é mais ético e, como tal, respeitador dos direitos dos animais.

Sabor e Textura

A proteína whey é conhecida pela sua textura suave e cremosa, encontrando-se disponível numa variedade de sabores apreciados na sua generalidade. Já a proteína vegetal costuma ter uma textura granulada e um sabor térreo de que nem todas as pessoas gostam. Ainda assim, são diariamente feitos avanços tecnológicos no sentido de melhorar o sabor e a textura de vários suplementos proteicos de origem vegetal.

Em resumo…

As proteínas whey e vegetal são dois dos suplementos proteicos mais habitualmente procurados no mercado, comportando diferenças entre si que são mais evidentes do que outras, sendo que uma das fundamentais divergências assenta na respetiva tolerância ao seu consumo e à sua digestão da parte de intolerantes à lactose, cuja alternativa reside em suplementos de origem vegetal.

No fim de contas, a opção depende de fatores como preferência pessoal e necessidades alimentares.