Rampa da Arrábida: Edição Especial 40 anos
A Rampa PêQuêPê da Arrábida, prova-rainha do desporto motorizado setubalense, inserida no Campeonato Portugal de Montanha, está de volta ao asfalto nos dias 23 e 24 de Abril, em edição especial que traz memórias automobilísticas de 40 anos. A mítica competição desportiva, organizada pelo Clube de Motorismo de Setúbal com o apoio da Câmara Municipal e várias parcerias, reserva para este ano muitas novidades para comemorar as quatro décadas de existência do evento criado em 1982 pela extinta Secção de Motorismo do Vitória Futebol Clube.
“Com todo o respeito por todas as outras provas do Campeonato Nacional de Montanha, a relação existente em Setúbal entre a serra e o rio fazem da Rampa da Arrábida uma prova única e um grande evento nacional”, afirmou o vereador do Desporto na Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina, na apresentação, ontem ao final da tarde, no Forte de Albarquel.
O autarca elogiou a Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting por manter a aposta em Setúbal e integrar a rampa no campeonato nacional. “É um prazer receber todos aqueles que aqui vêm competir nesta prova que é uma marca indelével no desporto motorizado português e da marca Setúbal”.
O presidente do Clube de Motorismo de Setúbal, Fernando Matias, afirmou que esta edição, por se comemorar os 40 anos da prova, “vai ser épica, pelos carros e os pilotos participantes e também pelas novidades”.Um dos atractivos, e também novidade, é a realização de um “Revival Tour”, que traz à Arrábida algumas das máquinas e dos pilotos que marcam os 40 anos de história do evento setubalense e do automobilismo nacional e internacional, casos de Rui Madeira, com um Ford Sierra RS Cosworth, e Ferreira da Silva, em Ford Escort RS Cosworth.
A Rampa PêQuêPê da Arrábida, organizada com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal e várias parcerias, faz ainda uma homenagem muito especial ao antigo piloto Pedro Queiroz Pereira, ao trazer o Opel Kadett GT/E original que conduziu nas décadas de 70 e 80.
Fernando Matias fala num momento de particular interesse e, também, de emoção, uma vez que o bólide “vai ser conduzido na Arrábida por dois amigos e, também, maiores adversários de competição automobilística de Pedro Queiroz Pereira, concretamente Ni Amorim e de Jorge Petiz”.
No que respeita à competição, a Rampa da Arrábida, inserida no Campeonato Portugal de Montanha, conta com provas pontuáveis para o Campeonato Portugal de Montanha 1300, Portugal Clássicos de Montanha, Portugal Legends de Montanha e Taça de Portugal de Montanha Kartcross.
Entre todas as competições, são esperadas sete dezenas de pilotos a acelerar em potentes máquinas no asfalto da Serra da Arrábida nos dois dias de prova, a 23 e 24 de Abril, com quatro subidas diárias, sempre com início às 10h00, para aquecimento de motores, treino e competição pontuável. Já o dia 22 é dedicado a verificações técnicas, as quais se realizam no Parque Urbano de Albarquel, local onde o público pode apreciar os bólides que vão rolar este ano na prova de automobilismo e a partir do qual decorre, ao final do dia, uma partida simbólica em direcção à Arrábida.
No que respeita ao público, o aliviar das medidas restritivas em função da evolução da pandemia permite o regresso sem condicionamentos dos apaixonados do desporto motorizado, que podem assistir à prova em segurança em cinco bolsas definidas pela organização ao longo do percurso. A Rampa da Arrábida volta a ter transmissão em directo pelos canais digitais, com mais de dez horas de live stream, com sete câmaras ao longo do percurso com cerca de três quilómetros, o qual não obstante ajustes pontuais, nomeadamente o aumento em sessenta metros na zona de meta, mantém o circuito inalterado.
A sustentabilidade ambiental ganha também maior protagonismo nesta edição da prova setubalense. “Somos um eco evento. Todos os resíduos produzidos durante a competição vão ser recolhidos e tratados com separação selectiva para reciclagem”, anunciou Fernando Matias. Nuno Maia, em representação da Secil, destacou que o envolvimento da empresa nesta competição é motivado por razões empresariais e sentimentais, aludindo à designação PêQuêPê. “Pedro Queiroz Pereira, além de director da Secil, foi um grande piloto que deixou marca na história do desporto motorizado.”