Teatro Tim Crouch regressa a Lisboa

Teatro Tim Crouch regressa a Lisboa
Fotografia: D.R.

Neste novo trabalho a solo, Tim Crouch envia o Bobo de volta ao futuro da peça que abandonou. De volta a um mundo sem liderança moral ou integridade; onde a riqueza esconde o vício; onde os pobres são desumanizados; onde as piadas não têm graça; onde a arte ao vivo se tornou o privilégio de uns poucos.

Truth’s a Dog Must to Kennel (frase que o Bobo diz no Lear de Shakespeare: "A verdade é um cão que tem de ir para o canil") é uma peça de teatro desacomodada que alterna entre a comédia mordaz e um audacioso ato de imaginação coletiva. Rei Lear mais stand-up mais metaverso.

Tim Crouch regressa ao TBA depois de ter escrito o fim do mundo em Total Immediate Collective Imminent Terrestrial Salvation.

Esta é a história de um homem que, para compensar o seu falhanço, manipula um grupo que se senta em conjunto para acreditar em algo que não é verdade. O livro que ele escreveu prevê tudo: a destruição deste mundo, o começo de outro e todas as palavras que diremos até ao fim. Neste último dia, nesta última hora, uma desertora encontra a sua voz e regressa. A história é contada com recurso aos mundos paralelos do palco e de um texto ilustrado. Público e intérpretes viram as páginas em conjunto. Observam as imagens em conjunto. Por vezes − de mútuo acordo − partilham as palavras.

O criador, dramaturgo e ator Tim Crouch regressa a Lisboa depois de ter apresentado, na Culturgest, My Arm, An Oak Tree, England, The Author e (com Andy Smith) what happens to the hope at the end of the evening.

14-16 outubro
sexta e sábado 19h30
domingo 17h

12 eur (Menores de 25 anos: 5 eur)

Sala Principal
70min. Em inglês com legendagem em português
Classificação etária: a atribuir pela CCE

CLUBE ESPECTADOR
15 outubro após a sessão com moderação de Maria Sequeira Mendes

Tim Crouch é escritor, ator e professor. Fundou o Public Parts Theatre com a sua mulher, Julia Collins, com quem trabalhou em oito espetáculos, incluindo uma adaptação de The Good Soldier de Ford Madox Ford. A sua primeira peça, O Meu Braço, estreou no Traverse Theatre durante o Festival de Edimburgo de 2003. Desde então, teve carreiras em Nova Iorque e Londres e andou em digressão pela Europa e América do Norte. O espectáculo foi apresentado em Lisboa, na Culturgest, a 2 e 3 de julho de 2004 em colaboração com os Artistas Unidos, que editaram o texto na Revista N.º 10. A peça seguinte, Um Carvalho, estreou em Edimburgo no verão de 2005.Esteve em digressão pela Europa em 2006 (com passagem pela Culturgest) e terminou o ano em Nova Iorque. Pela sua interpretação nesta peça, Tim Crouch recebeu o prémio de Melhor Ator no Festival de Brighton, em 2006. Inglaterra estreou em agosto de 2007 em Edimburgo, onde recebeu três prémios: um Fringe First, um Herald Archangel e um Total Theatre Award. 

O Autor estreou, com enorme sucesso, em 2009 no Royal Court e fez digressão no verão/outono de 2010. Desde 2003, Tim Crouch completou igualmente uma trilogia de encomendas shakespeareanas para um público jovem, feitas pelo Festival de Brighton: I Caliban, I Peaseblossom I Banquo. Em conjunto, as peças a partir destas três personagens secundárias chamam-se fairymonsterghost. Tim Crouch escreveu ainda Kaspar The Wild para o Theatre Royal de Plymouth e o Polka Children’s Theatre. Tim Crouch foi ctor e fundador do grupo de teatro de Bristol Public Parts. Entrou ainda em Light Shining in Buckinghamshire de Caryl Churchill, A Boa alma de Sé-Chuão de Brecht, Endgame de Beckett, todos para o National Theatre. Com a Franklin Stage Company de Nova Iorque fez Shakespeare (Malvolio na Noite de Reis, Petruchio na Fera Amansada e Próspero n’ A Tempestade) e Tchékov (Vânia no Tio Vânia).