Coimbra reconhecida como cidade resiliente pela Organização das Nações Unidas

Coimbra reconhecida como cidade resiliente pela Organização das Nações Unidas
Fotografia: DR

Coimbra foi reconhecida, ontem, dia 26 de Maio, como ‘Cidade Resiliente’ pela Organização das Nações Unidas (ONU) e recebeu o certificado que atesta formalmente a sua capacidade de resposta em caso de catástrofe. Coimbra passa, assim, a fazer parte da Rede de Cidades e Vilas Resilientes, programa promovido e suportado pela ONU. A cerimónia de adesão à rede decorreu na Câmara Municipal (CM) de Loulé, no âmbito do Encontro Nacional de Cidades e Vilas Resilientes, e contou com a participação do vereador do Ambiente e da Protecção Civil da CM de Coimbra, Carlos Matias Lopes, e o do director do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade, António Manuel Martins.

A Rede de Cidades e Vilas Resilientes é uma iniciativa global, que tem como objectivo a redução do risco de catástrofes, designadamente as que hoje se associam aos efeitos provocados pelas alterações climáticas. A rede promove a partilha de boas práticas e do conhecimento associado, bem como a troca de experiências que envolvem a componente dos riscos naturais, tecnológicos ou mistos. Estas actividades permitem criar sinergias e aprendizagens entre as cidades e criar territórios e comunidades mais resilientes e adaptados às alterações ambientais bruscas e com forte impacto nas populações e ecossistemas naturais que a suportem.

“A adesão de Coimbra à rede de Cidade e Vilas Resilientes das Nações Unidas permite usufruir do conhecimento e da experiência de uma rede mundial de cidades, muitas delas já expostas a situações frequentes e extremas de crises ambientais. Pretendemos, assim, criar as condições para que as respostas a situações de crise sejam particularmente adequadas e adaptadas aos impactos que poderão ter sobre as populações”, considera o vereador do Ambiente e da Protecção Civil da CM de Coimbra, Carlos Matias Lopes. Esta adesão vai permitir, pois, intensificar e qualificar a resposta a dar em cenários de crise gerados por fenómenos extremos, associados a cheias rápidas e inundações ou outro tipo de eventos como fogos rurais ou deslizamento de vertentes.

A cerimónia decorreu durante o 8º Encontro Nacional das Cidades e Vilas Resilientes, que reuniu vários técnicos dos serviços municipais de protecção civil, académicos, especialistas, investigadores, assim como entidades com responsabilidades no âmbito da protecção civil, na Câmara Municipal de Loulé. Um evento que se enquadra na campanha internacional “Construir Cidades Resilientes”, da ONU (que reúne mais de 1400 cidades em todo o mundo e 150 na Europa), e nos desígnios do grupo de trabalho “Cidades Resilientes”, da Plataforma Nacional para a Redução do Risco de Catástrofe, da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil.

A Rede de Cidades e Vilas Resilientes tem como objectivo principal a redução do risco de catástrofes e a construção de comunidades mais resilientes, onde se privilegia a partilha de conhecimentos, boas práticas e experiências, debate de ideias em torno do tema da protecção civil e dos riscos naturais, tecnológicos e mistos existentes.

Recorde-se que a campanha “Cidades e Vilas Resilientes” foi lançada em 2010 pela ONU.