II Festival GÉNERO AO CENTRO
A Associação CATRAPUM irá realizar o II GÉNERO AO CENTRO | Festival De Artes Infanto-Juvenil sobre Igualdade de Género nos dias 24, 25, 26 e 29 de novembro de 2022, em Góis, Coimbra e Condeixa-a-Nova. Este ano está destinado a crianças desde os 6 até aos 18 anos, para Escolas Básicas e Secundárias, famílias e comunidade em geral, na Casa da Cultura de Góis, no Cine-Teatro de Condeixa e na Casa da Esquina em Coimbra.
A Associação Catrapum ganhou pelo 2.º ano consecutivo o apoio da Direção Regional da Cultura do Centro e este ano a candidatura da Coimbra Região de Cultura e Comunidade Intermunicipal da Região Centro para a realização do Festival. Depois do sucesso (cerca de 600 espectadores presenciais e 25 751,30k de público atingido online) do ano primeira edição, puderam ainda contar com o apoio institucional da UNRIC - Representante de Portugal nas Nações Unidas, tendo como intermediário o Dr. António Ferrari mas também o honroso apoio institucional da CIG - Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género.
O ano passado tivemos como tema "Chavela e Frida | Uma história de humanidade" realizando um conjunto de atividades de serviço educativo e cultural temos como pano de fundo as mulheres e a arte no Mundo e ao longo dos tempos.
Pretendemos manter a estrutura do programa, desta vez tendo como pano de fundo a "Literatura e o poder da Palavra". Nos tempos que correm o que escrevemos num simples post até ao livro de ficção que é publicado, a palavra toma força, transforma pensamentos, cria preconceitos e desmistifica e é cada vez mais acessível e poderosa, por isso também perigosa e permeável. O que se escreveu há dois, três séculos atrás, mesmo ficcionado, continua hoje a ser um facto, que nem sempre corresponde à verdade e que trouxe preconceitos. A Palavra tem um poder imenso para destruir e para construir. O que dizemos às nossas crianças terá influência no seu futuro e no amanhã de uma sociedade inteira. Por isso, o Festival sentiu urgência em falar sobre esta temática tendo como base a arte e a igualdade de género.
Este ano pretende-se realizar a 2.ª Edição composta por:
Espetáculo Infantil | "Sons do Ò" uma criação artística da Associação CATRAPUM para escolas, famílias e crianças entre os 6 e os 10 anos
Pretende abordar a temática da igualdade e identidade de género através da revisitação de excertos/ contos/textos de escritoras marcantes da história como Maria Elena Walsh, Virginia Woolf, As Três Marias (Cartas Portuguesas), Angela Davis entre outras, numa convergência entre ilustração, teatro e a música, sempre de forma lúdica e divertida).
Debates com crianças e jovens | com mediação da equipa da plataforma aborda.pt
O Festival irá realizar debates pós-espetáculo com pessoas e entidades especializadas na área, desde psicólogos/as, professores/as universitários/as de Estudos Feministas, formadores e agentes de instituições para a igualdade de género, influencer’s, ativistas, entre outros/as.
Já estão confirmadas as presenças da a influencer, ativista e artista multidisciplinar Nuna, a jornalista e professora Liliana Carona, que desafiou os estudantes do curso de Comunicação Social da Escola Superior de Educação de Viseu a criar um manual de boas maneiras nas Redes Sociais. O desafio resultou no projeto «Não comentes com a boca cheia», um manual multimídia de boas maneiras com 23 conselhos.
Workshops de escrita criativa | com Jorgette Dumby para crianças dos 6 aos 10 anos.
Ativista, performer, artista de Slam Poetry feminista, escritora e poetisa, JOrgette realizará uma oficina para crianças e famílias dos 6 aos 10 anos e escolas Básicas, onde será criada poesia com o público, tendo como base a temática da igualdade de género.
Workshops sobre Igualdade de Género | com Casa Qui
Com a psicóloga representante da Casa QUI, uma importante instituição de apoio à igualdade de género, de Lisboa.
Entrevistas ao Palco | Em Streamming e presencialmente nas escolas secundárias e depois em Podcast
Entrevistas individuais com influencers, ativistas, representantes da UNRIC (ONU), CIG e outras pessoas reconhecidas que são exemplos de luta pela igualdade de género. Estas entrevistas serão no palco, acompanhadas pela Radio RUC, com a mediação de Analú Barbosa e a sua equipa da plataforma aborda.pt, um espaço nacional de jornalismo feminista. Estas ações serão realizadas em streaming com emissão online e depois utilizadas como material de divulgação de sensibilização para a igualdade de género, na luta contra a discriminação e a eliminação de preconceitos. Será divulgado entre todas as nossas redes parcerias e nas instituições nacionais e internacionais apoiantes, bem como na comunicação social através de uma equipa especializada contratada para o Festival.
Concerto | " one woman Show l Branta" para o público sénior na Casa Da Cultura de Góis.
- "Cinamiza-te" | Sessão de Cinema e Debate com público jovem e sénior~
Uma mostra de filmes de realizadoras, uma proposta da XX Element Projets, com a coordenação da ativista Rita Capucho, intervenientes no Porto Femme que acontece todos os anos na cidade do Porto.
- Concurso para as Escolas Básicas e Secundárias da Região Centro de ativismo artístico
Numa parceria com a ação de uma semana da UNWOMEN a propósito do dia 25 de Novembro, onde se pretende convidar os/as estudantes a realizar atividades de ativismo artístico a favor da luta contra a violência das Mulheres.
Pretende-se realizar um Festival para a Igualdade de Género que alcance o público infantil, jovem e comunidade local da Região Centro, com representatividade de todas as comunidades associadas à temática, para promover os direitos à equidade de género e à paridade democrática, enquanto seres humanos e cidadãos/as ativas em sociedade. Acima de tudo queremos lutar contra o preconceito e a discriminação com os públicos infantis e jovens, para promover um futuro onde a igualdade de género se torne verdade e normativa.
Deixamos por fim um momento do ano passado que revela o impacto que estas ações têm de facto no público jovem e infantil e que por sua vez, leva a Associação Catrapum a continuar nesta missão, apesar da polémica criada, dos olhares e comentários duvidosos e preconceituosos, citada por Vania Couto, artista do espetáculo infantil e pertencente à equipa organizadora do festival: "Num dos debates pós-espetáculo tivemos connosco uma mulher trans, Briana Nicole, que contou a sua perspectiva enquanto mulher em sociedade, entre psicólogos, artistas, doutoradas e ativistas, num mar de crianças entre os 5 e os 10 anos, sentadas no lugar de público. Uma turma de crianças entre os 6 e os 8 anos teve de sair mais cedo, uns 20 minutos antes de o debate terminar. Não quiseram sair enquanto não abraçassem a Briana, uma a uma, em cima do palco. Assim aconteceu, o público aplaudiu e a empatia e a desmistificação de preconceitos aconteceu. Entendeu-se a luta diária de uma mulher que, todos os dias, apenas por ser mulher, numa perspectiva diferente e preconceituosa de uma parte da sociedade é "olhada de lado", representando um grupo de mulheres de uma minoria onde pertence, que ainda tem muito a percorrer na luta pela igualdade de género. Nesse dia, a luta deu mais um passo e aquelas crianças não farão parte de uma sociedade que desconfia e que julga mulheres por quererem ser e ter orgulho de o ser."