Palco do M.Ou.Co. recebe vencedores dos Grammys latinos e a alma-revelação de Danielle Ponder

Palco do M.Ou.Co. recebe vencedores dos Grammys latinos e a alma-revelação de Danielle Ponder
Fotografia: D.R.

Sim, os Bala Desejo ganharam há dias o Grammy latino destinado ao “Melhor Álbum Pop em Português”. Sim, a banda brasileira está de regresso ao Porto. Sim, uma vez mais, o concerto acontece no M.Ou.Co. já no próximo sábado (dia 26), a partir das 21h00.

Trata-se de um regresso de Dora Morelenbaum, Júlia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra ao palco do conhecido espaço multicultural portuense, depois de maio último, agora com uma emoção renovada, após a conquista da reputada distinção norte americana que premeia os profissionais da indústria musical, em reconhecimento da sua excelência de trabalho artístico.

“Sim, Sim, Sim” foi o primeiro álbum autoral do quarteto, que traz ao M.Ou.Co. novamente os 14 temas que os notabilizaram, primeiro na música popular brasileira, e doravante mundialmente.

Não obstante estar esgotado há duas semanas, e em face dos imensos pedidos de bilhetes que tem recebido nos últimos dias, a organização do espetáculo disponibilizará 50 acessos extraordinários (com um preço de 25€), que estarão à venda no local, no próprio dia do concerto, das 17h00 às 20h00. As entradas serão vendidas por ordem de chegada e não poderão ser reservadas.

Para assinalar o Grammy ganho pelos Bala Desejo, e o novo lote de ingressos, o M.Ou.Co. terá, no sábado, o DJ Farofa e, também, Batmacumba a girar discos desde as 16h00.

Farofa é Rafael Henrique Victório, DJ, pesquisador musical, seletor, curador e produtor cultural desde 2012. Vive e trabalha no Porto desde outubro de 2014, sendo especialista em música brasileira e vinil. Com sets e energia eclética, costuma viajar pela música sempre a favor do amor e das conexões pessoais e sociais.

Batmacumba, alter ego de Tiago Trigo, é um melómano desde tenra idade. Com apenas sete anos, começou a fazer mixtapes no seu My First Sony, cujo microfone apontava para o rádio Grundig da mãe de cada vez que o aparelho emitia músicas por ele consideradas de gravação obrigatória. Fervoroso apoiante da filosofia de David Mancuso - que postula a música como caminho central rumo a uma utopia igualitária -, os seus sets encaram o som como ferramenta para estabelecer novos movimentos em comum, criar laços, contar histórias e estabelecer comunidades em torno da linguagem universal do ritmo. É um apaixonado, entre outros estilos, do funk, soul, jazz, proto-Disco e sobretudo da panóplia tropical de sonoridades brasileiras.

Domingo, (dia 27, às 19h00) o palco do M.Ou.Co. pertence a uma estrela em ascensão. Não só nos Estados Unidos da América, mas em cada país que visita e a cada plateia que ouve a musicalidade que sai da sua garganta.

Com um timbre e uma extensão vocais de cortar a respiração, há quem a ouça e “ressuscite” Amy Winehouse para os seus ouvidos. Outros evocam também a forma como as vozes de Aretha Franklin e Nina Simone enchiam o palco. E também a alma, ainda com os ecos de Big Mama Thornton e Koko Taylor nos ouvidos. Mas Danielle Ponder, a nova revelação do R&B e soul nascidos e criados em terras norte-americanas, é apenas ela própria quando entra em cena, agora longe dos tribunais e do papel de advogada oficiosa. Uma distância graças à qual poderemos ouvir, de viva-voz e a um palmo de distância, no M.Ou.Co..

Na barra dos que elegem a música como a banda sonora para levar a vida da melhor forma, e dos que escolhem o espaço multicultural portuense como forja de sonoridades, estará “Some of Us Are Brave” - o diamante de estreia (lançado há quase dois meses) que, para nossa felicidade, a cantora e compositora de Rochester (Nova Iorque) demorou quatro anos a escrever e a facetar. Com polimentos soprados em blues, R&B, pop, hip-hop, funk e não só, sobre oito temas centrados na justiça social, no fortalecimento da condição da mulher e nas circunstâncias e causas do feminismo negro, entre outros focos.

Uma das melhores vozes à face da terra na atualidade, dizem cada vez mais de Danielle Ponder. Para ver e ouvir no M.Ou.Co., que sorte a nossa!

M.Ou.Co. “Stay. Listen. Play”…

 

SOBRE O M.Ou.Co.:

M.Ou.Co. é o acrónimo de Música e Outras Coisas. Localizado no coração da cidade Invicta, mais precisamente na zona do Bonfim, este é o primeiro hotel do País com um conceito multidisciplinar e assumidamente dirigido para o mundo musical. Com 41 estúdios e 21 quartos (repletos de evocações artísticas), restaurante, bar, piscina, esplanada e jardins, o complexo ocupa um total de cerca de cinco mil metros quadrados e assume-se como um espaço cultural de eleição. Para dar expressão máxima àquele que é o seu claim - “Stay. Listen. Play” -, o M.Ou.Co. dispõe de uma sala de concertos, três salas de ensaios, uma musicoteca, um espaço de saúde e bem-estar do músico e… uma infinidade de pormenores distintivos que convidam a uma descoberta prolongada e a uma experiência hoteleira repleta de sentido(s). O espaço aposta numa programação própria, que dá destaque a projetos musicais de relevo, tanto nacionais como internacionais. Tal como uma banda sonora, todos os seus cantos e recantos respiram histórias. E os animais também são bem-vindos.