“Porquê?” – quando as perguntas dos alunos dão origem a uma exposição de arte

“Porquê?” – quando as perguntas dos alunos dão origem a uma exposição de arte
Fotografia: D.R.

“Porquê?”, eis a pergunta que serve de mote a um exercício colectivo em torno do conhecimento, da Filosofia e da Arte, promovido pelo Colégio Internacional de Vilamoura (CIV) na Galeria Aderita Artistic Space, em Vale do Lobo, Loulé.

A exposição, que abrirá as suas portas a 2 de Maio, pelas 17h30, na presença de artistas, alunos e professores, corporiza o trabalho de 10 artistas em torno de oito questões formalizadas pelos estudantes do Colégio Internacional de Vilamoura no X Festival de Perguntas 2022-2023.

Podemos ser felizes sozinhos?” (Tiago Sobral, 2.º ano); "Existem limites ao nosso pensamento?" (Inga Lopes, 11.º ano); "Será que todo o conhecimento é verdadeiro?" (Bruno Baptista, 10.º ano); “Onde acaba o mar?” (Gonçalo Tavares, 2.º ano); “O que mais importa na tua vida?” (Sofia Silva, 5.º ano); “O que aconteceria se alguém passasse o fim do universo?” (Álvaro Tavares, 5.º ano); e "Os humanos são melhores a criar coisas ou a destruí-las?" (Débora Ferreira, 10.º ano) foram as questões que prenderam a atenção de um conjunto de artistas convidados entre as mais de 50 perguntas que foram garantidamente capazes de levar os alunos ‘mais longe’. 

“Do mesmo modo que as perguntas da comunidade CIV levaram à produção de obras de arte, também levarão à criação de novas perguntas”, refere a mentora do Festival, Laurinda Silva. “Quer as perguntas filosóficas, quer as obras de arte”, acrescenta, “têm em comum uma dimensão instigadora do saber e da compreensão do mundo. Além de outras características, têm a especificidade de serem realidades em aberto, que por isso nos conduzem ao constante aperfeiçoamento de nós próprios”.

Adriano Aires, Adérita Silva, Bruno Ceriz, Filipe da Palma, Guilherme Limão, Luís da Cruz, Mary Berry, Margarida Gomes, Phermad e Sandro Soutilha fazem, assim, uma viagem em torno da pintura e gravura, passando pela escultura e pela fotografia, revelando a multiplicidade onde a pergunta deambula com outras indagações ou com a possibilidade de resposta. “As sinergias criadas entre a Filosofia e as várias formas artísticas abrem espaço à reflexão. Cada obra, pelo seu cariz contemplativo, materializa o espaço do questionamento e da transformação do mundo”, salienta Cidália Bicho, Directora Pedagógica do CIV.

Ao longo das três semanas, a exposição contará ainda com actividades paralelas, como sessões com a artista Mary Berry (13 de Maio), com os CIV Young Storytellers (16 Maio) e a abertura a uma sessão pública de Filosofia para Todos, dos 8 aos 80, com a facilitadora e mentora deste festival, a 9 de Maio, pelas 17h30. Porque questionar é preciso!