A Câmara Municipal do Crato vai reabilitar o Palácio do Grão-Prior do Crato da Ordem de Malta, um dos edifícios mais icónicos do concelho, para fazer nascer o Centro Interpretativo do Urbanismo e História do Crato e Paços do Concelho.
O projecto surge lado a lado com a renovação urbanística do largo que o enquadra, a Praça do Município, o primeiro passo num projecto mais ambicioso de requalificação do centro histórico da vila.
Estas obras estão orçamentadas num total de 1, 230 milhões de euros, com comparticipação de 80% pelos fundos do Portugal 2020 e iniciam-se já no primeiro trimestre deste ano.
A entrada no edifício do Centro Interpretativo irá fazer-se pela famosa varanda do Grão-Prior, o ‘ex-líbris‘ do Crato e um espaço de visita obrigatória. O piso térreo será destinado ao público em geral, com as valências de museologia destinadas ao entendimento da história e evolução urbanístico do concelho. Será ainda possível visitar as salas dedicadas ao megalitismo e povoados iniciais, à fundação e ocupação da região e ainda a Sala dos Carismáticos, no qual se apresentam as figuras mais determinantes da vida do Crato. Já no piso superior estará instalada a sala da assembleia municipal.
Por outro lado, o largo exterior será alvo de uma intervenção faseada que assenta em três grandes prioridades: a circulação privilegiada dos peões, a valorização do espaço público e a potenciação da actividade económica e turística. Desta forma, importa assegurar as acessibilidades reduzidas, os transportes urbanos e de emergência, bem como a viabilização do comércio local, sem nunca esquecer a população que habita no centro histórico.
Uma das principais apostas da autarquia para este projecto passa pela regulamentação e modernização do parqueamento automóvel. A renovação de três espaços para estacionamento público nas zonas Norte, Sul e Oeste da vila irá permitir retirar o parqueamento da Praça do Município, possibilitando que o largo se transforme num local de lazer, comércio e turismo.
Assim, o trânsito automóvel que até então se realizava em dois sentidos, passa a fazer-se apenas num percurso periférico de sentido único, de forma a garantir os acessos locais aos moradores, a actividade comercial e a circulação no centro histórico.