Romantismo Instrumental no Museu do Oriente

Romantismo Instrumental no Museu do Oriente
Os Solistas da Metropolitana sobem ao palco do Museu do Oriente, no dia 22 de Maio, sábado, às 17.00 horas, para uma sessão de Romantismo Instrumental. Este será um concerto dedicado a três compositores, Schumann, Brahms e Kahn, que formam uma linhagem de gerações com fortes vínculos pessoais.
 
Foi Robert Schumann quem primeiro deu a conhecer Johannes Brahms ao mundo quando, em 1853, anunciou num artigo de jornal que se tratava do compositor do futuro. Também Robert Kahn viria a ser profundo admirador de Brahms. Conheceu-o pessoalmente em 1886, em Mannheim, conviveram em Viena e acabou por escrever um livro dedicado às memórias dessa amizade.
 
No que respeita à música, ouvem-se primeiro Adagio e Allegro, em viola e piano, uma peça onde Schumann explorou as capacidades do novo sistema de válvulas então introduzido nas trompas, facilitando a vida dos músicos na obtenção de todas as notas da escala. O sucesso levou-o a compor a Peça de Concerto para 4 Trompas e Orquestra nesse mesmo ano de 1849. Foi também quando compôs as “Peças de Fantasia” Op 73, inicialmente intituladas “Peças Noturnas”.
 
Já o Trio Op. 40 de Brahms foi escrito em 1865, num período particularmente conturbado da vida pessoal do músico, na sequência da morte repentina de sua mãe. Ainda assim, a expressão de lamento não se abandona em excessos românticos.
 
Brahms preferiu deixar-nos uma homenagem em que sobressaem os contrastes, havendo lugar a ambientes elegíacos, mas também, a melodias bem-humoradas e a uma exuberância sonora de que só a trompa é capaz. Pelo meio, ouve-se uma curta serenata de Kahn originalmente escrita para oboé, trompa e piano. Datada de 1923, foi posteriormente adaptada para a formação violino, viola e piano.
 
A entrada é gratuita, mediante levantamento de bilhete no próprio dia e sujeito à lotação da sala.