Teatro Oficina convida-nos a conhecer novas criações de Mónica Calle e de João Ventura no Espaço Oficina
Ensaios Abertos decorrem no Espaço Oficina a 6 e 27 de Novembro, sempre às 21h30, com entrada gratuita
Teatro Oficina convida-nos a conhecer novas criações de Mónica Calle e de João Ventura no Espaço Oficina
No mês de Novembro, a programação do Teatro Oficina dá continuidade ao objectivo da companhia vimaranense no que toca ao estreitamento de laços e da acessibilidade no contacto entre todos os públicos e novas criações (e respectivos artistas) decorrentes do seu contínuo trabalho de apoio à formação e à criação teatral. Na quarta-feira 27 de Novembro, às 21h30, no Espaço Oficina, será possível assistir aos Ensaios Abertos dos espectáculos “As Mulheres que não veremos duas vezes” – com direcção de Mónica Calle e interpretação de Mafalda Jara, Marta Felix e Laura Garcia – e também de "O Fauno" – criado por João Ventura e interpretado pelo próprio e por Anja Calas –, sendo ambos apresentados no âmbito do programa 'Criação Crítica' do Teatro Oficina, com acompanhamento dramatúrgico de Mickaël de Oliveira.
No mesmo âmbito do programa ‘Criação Crítica’ do Teatro Oficina, decorre também de 21 a 27 de Novembro a residência artística associada ao espectáculo "O Fauno", criado e interpretado por João Ventura. Nesta obra, que conta com apoio à criação e interpretação de Anja Calas e apoio no vídeo de Pedro Berbereia, o criador propõe-se a revisitar os materiais do passado, as propostas dramatúrgicas que desenhou ao longo de dez anos, e olhar para elas com os olhos do presente, inserindo “O Fauno” como um novo elemento nesta “dramaturgia do real”. “O Fauno” é assim um documentário performativo que conta a história da vida de um homem nascido em 1984, até aos dias de hoje.
A figura do “Fauno“, introduzida no universo do real de forma a explorar a relação entre a realidade documentada e a ficção surge de uma homenagem ao “Gabiru”, personagem de Raul Brandão. "Se, até ao momento, as minhas criações tinham uma separação clara entre o universo do real e do ficcional, pretendo agora investigar as possibilidades de cruzamento destes dois universos.", ressalva João Ventura. O que conduziu à criação de um dispositivo que permita reflectir sobre como a “memória, do ponto de vista do sujeito”, o registo do vivido, compreende uma complexa relação entre o presente e passado, a experiência e a memória, o viver e o contar.
Ao ensaiar novas possibilidades de composição cénicas e dramatúrgicas, este criador encara tanto a autobiografia quanto a performance, como meios para explorar e desenvolver capacidades criativas ao nível da escrita do “eu”, da representação do sujeito. No jogo entre a memória e efabulação, os documentos-arquivo traduzem significações que remetem para “outro” contexto, para uma realidade alternativa, reforçando as oportunidades associativas, o gesto autoral e o carácter inventivo das narrativas autobiográficas. E o Espaço Oficina volta a abrir as suas portas ao público a 27 de Novembro, à mesma hora, para nos pôr em contacto com esta criação.
Ambos os Ensaios Abertos acontecem no âmbito do programa 'Criação Crítica', que tem como objectivo apoiar os criadores vimaranenses e de todo o território nacional, com enfoque na criação emergente, acolhendo os processos de criação teatral e capacitando-os nas suas dimensões logística, técnica e dramatúrgica. Ambos têm entrada gratuita, até ao limite da lotação disponível, e uma duração aproximada de 1 hora, sendo dirigidos a todo o público com mais de 12 anos de idade. Toda a informação relativa ao Teatro Oficina, nomeadamente a sua programação, pode ser consultada online em www.aoficina.pt e em www.teatrooficina.pt.