“Espero estar nos Jogos Paralímpicos”
Dez de setembro de 2016, Rio de Janeiro. Mário Trindade atingiu o seu objetivo: chegar à final da prova dos 100 metros k52, para atletas com deficiência motora em cadeira de rodas, dos Jogos Paralímpicos. Quer desfrutar e fazer o melhor tempo. Acaba em sexto lugar, com a marca de 18,19s, a mesma do suíço Beat Boesch, campeão europeu e quinto classificado. Um dia depois, na final dos 400 metros, o atleta português alcança a oitava posição.
“Foi muito bom”, confessa Mário Trindade, o único europeu a qualificar-se para a prova decisiva dos 400 metros. O feito torna-se ainda mais relevante pela desigualdade de meios face aos adversários, que se traduzem na menor capacidade para treinar regularmente ao mais alto nível, participando, por exemplo, em mais competições internacionais. “Se conseguisse outro tipo de condições poderíamos ter tido outros resultados”, admite, ainda com um “saborzinho amargo”, que o leva a querer ir aos Jogos Paralímpicos de 2020, em Tóquio, fazer melhor. “Está nos meus planos, espero lá estar!”.
As condições de que fala o atleta passam também por mais apoio médico, nomeadamente na fisioterapia. “Isso faz toda a diferença!”, garante Mário Trindade, esperançoso de boas notícias em 2017, num ano em que vai participar em três competições internacionais, a começar por dois meetings no Dubai.