Pierre Bastien, colaborador de Robert Wyatt e Jaki Liebezeit, junta-se a duas artistas nacionais no TBA

Pierre Bastien, colaborador de Robert Wyatt e Jaki Liebezeit, junta-se a duas artistas nacionais no TBA
Fotografia: Maik Gräf

Robert Wyatt, Pascal Comelade ou Jaki Liebezeit são alguns dos anteriores colaboradores do músico e compositor francês Pierre Bastien. Nesta passagem por Lisboa, no TBA, junta-se a  Vuduvum Vadavã, alterego de Marta Ângela (metade de Von Calhau!) e à violinista Cire Ndiaye para criar uma performance futurista.

Pierre Bastien é um músico francês que actua na fronteira entre as artes plásticas e a música, seguindo uma longa tradição de luthiers (construtores de instrumentos de cordas com caixa de ressonância) insólitos que remonta aos órgãos hidráulicos de Arquimedes. Michel F. Côté, músico e habitual colaborador de Pierre Bastien, classifica o trabalho deste como "uma orquestra de som atemporal, futurista e levemente Dada, evocando tradições antigas na sua música surpreendentemente sensual".

Em contexto de instalação ou concerto, o centro da performance está nas invenções mecânicas de Pierre Bastien construídas a partir de peças Meccano, que activam todo um aparato de instrumentos do-it-yourself através de motores e engrenagens. A complexidade dos mecanismos contrasta com a fragilidade das estruturas que os sustentam e isso manifesta-se na música que deles emana uma transparência que encontramos também na música dos vários artistas com quem Bastien tem colaborado, como Robert Wyatt, Pascal Comelade ou Jaki Liebezeit. Esta orquestra delicada projeta um jogo de sombras que nos remete para a antiguidade imaginária do gamelão javanês e das orquestras reais do Uganda descritas pelo génio bizarro de Alfred Jarry ou Raymond Roussell.

Para a apresentação no TBA, Pierre Bastien faz-se acompanhar por Vuduvum Vadavã, alterego de Marta Ângela (metade de Von Calhau!, artista multidisciplinar com uma prática extensa na manipulação de signos por via do som, da palavra e de artefactos visuais) e da jovem violinista Cire Ndiaye, que tem vindo a traçar um percurso peculiar entre a música clássica, a pop e a improvisação.

20 Janeiro
sexta 19h30

12 eur
Sala Principal
Duração 60 min.
M/6