Enoturismo no Douro
Na origem do nome Santa Marta de Penaguião está uma história ancestral…
Reza a lenda que um desconhecido cavaleiro francês, o Conde de Guillon, invadiu as terras de Santa Marta de Penaguião e mandou queimar a capela. A Santa apareceu-lhe e ditou-lhe um castigo: tinha que plantar uma vinha e cuidar dela. Arrependido e humilhado, nem quis ver a aparição e, curvado, tapou os olhos com as mãos, mas, ao descobri-los, tinha a seus pés um corvo, ave profética e sagrada, de acordo com crenças antigas, símbolo do mau agoiro que pressente a morte com o seu grasnar. O conde cumpriu a dura penitência, e ficou cheio de alegria na hora da vindima, porque nunca tinha produzido nada na vida. Lembrou-se então de oferecer à Santa as uvas, fruto do seu suor, e em vez de um corvo, apareceram-lhe pombas brancas e um cordeiro, símbolos da pureza e da reconciliação. Estava perdoado. E, desde então, a localidade começou a ter um nome: Santa Marta de Pena (castigo) de Guillon. Que, segundo a tradução (e tradição) popular, veio a tornar-se “Santa Marta de Penaguião.
Em plena região vinhateira, Santa Marta de Penaguião é um concelho com mais de 20 produtores engarrafadores, com vinho de uma qualidade acima da média, o que pode ser comprovado pelas inúmeras medalhas ganhas em vários concursos mundiais.
Ao longo de todo o ano existem na localidade provas de vinho e iguarias da região. Nesta altura é possível a participação nas vindimas, desde o corte da uva, ao próprio pisar da uva nos lagares. “Os turistas vêm ao Douro participar nesta recolha do fruto do trabalho de um ano e registar as tradições que em muitos locais ainda se mantêm”, refere o município.
O município integra a Rota da Estrada Nacional 2 e as Caves de Santa Marta desenvolveram estrategicamente um produto vínico com o rótulo EN2.